sexta-feira, 30 de novembro de 2012

PETRUS, PEDRO MOACIR MAIA

                                                                                   Milze Soares Eon*



Quando meu amigo Luiz Carlos Facó me pediu um artigo para a Revista Senhor Repórter, disse-lhe que não sabia escrever sob encomenda. Lembrei-me de que eu já me identificara com a aversão de Schopenhauer quanto a isso. Acrescentei que só escrevia sobre o que me pressionasse interiormente. Acabei prometendo procurar, em mim, o que pedia passagem à expressão. Depois, pensei nos bons cronistas que  sempre tivemos em nosso país, e em como suas crônicas tantas vezes nos encantam, nos comovem, nos instigam a pensar e a sonhar. No entanto, são escritores por profissão. Meu acordo com Schopenhauer nem era total, pois.
Não demorou muito... alguns minutos bastaram para que eu obtivesse  resposta a meu questionamento interior. Iria escrever sobre meu amigo Pedro Moacir Maia, neste momento é o que há de mais forte em meu espírito e em meu coração. Numa redução de sentido, aí estava a minha grande motivação.

Outros comentaram, comentarão o Pedro Moacir Maia professor,  intelectual no Brasil, no Chile, na Argentina, no Senegal, editor da Dinamene, diretor do Museu de Arte Sacra, imortal da Academia de Letras da Bahia, amante de todas as artes, decifrador, diria, da história por trás dos azulejos de Salvador, diria  ainda, devoto da arquitetura colonial portuguesa. Comentaram, comentarão o precioso legado que ele nos deixou.     
Tratarei do homem Pedro Moacir Maia, do grande amigo. Tratarei de Petrus, como eu o chamava.
Conheci Petrus quando eu era adolescente. Quem nos apresentou foi logo me dizendo, entre risos: “Não fale com esse cara, ele é muito desbocado”. Não acreditei, não era para acreditar. Nesse dia, como eu vestia uma saia azul clara e uma blusa branca, colocara um raminho de flores naturais  na blusa para descaracterizar  a aparência de filha de Maria. Nunca me esqueci do raminho de flores; curiosamente  ele também não.  
A última vez que nos falamos foi por telefone, em setembro de 2007, em Salvador.  Quis vê-lo, ele se disse pronto a me receber “com toda a dignidade que eu mereceria”, mas, percebendo que ele havia piorado muito e que não se sentiria à vontade recebendo visitas, propus visitá-lo da próxima vez em que fosse a Salvador, quando ele estivesse “pulando corda”, disse. Ele replicou: “jogando futebol”.  Concordei. Por fim, falou: “Pode ser que você não me veja mais!” Ainda lhe escrevi e lhe telefonei. Não esperava que pudesse mais me escrever, e ele nem pôde mais me falar.
Do raminho de flores até quando ele me disse que poderia ser que eu não o visse mais, houve um universo de cumplicidade e de entendimento. Foi meu professor por alguns meses, um mestre competente e camarada. Dizia frases memoráveis, cheias de humor, por vezes de uma ironia picante, jamais amarga nem para ferir quem quer que fosse. Quando estava em Dakar, nós nos escrevíamos regularmente. Vindo de férias e com saudades da cidade, queria andar pelas ruas, ver o pôr-do-sol, e eu adorava isso, sobretudo em sua companhia.  Nessas ocasiões, freqüentemente nos encontrávamos na Faculdade de Filosofia, então andávamos de Nazaré ao Campo Grande, algumas vezes víamos o pôr-do-sol no Passeio Público.
Nós nos escrevíamos, conversávamos e andávamos. Então, ele foi para um país, para outro, eu também mudei de endereço, de país, por fim nos perdemos. Um dia, em Brasília, conheci um ministro do Itamarati, Sr. Jorge Ribeiro, que, em Dakar, convivera muito com “Maia”,  assim o chamava, perdera-se dele também e, como eu, gostaria  muito de reencontrá-lo.  Prometi que o reencontraria para nós dois. Por incrível que pareça e não vale a pena, aqui, contar os detalhes foi num teatro que minha amiga Selma Costa lhe entregou minha carta de reencontro. Ela me disse que ele ficara radiante. Radiantes ficamos também, eu e o ministro Jorge Ribeiro, quando nos respondeu. A correspondência entre nós não mais cessou.
Suas cartas eram um primor, e os  envelopes, tão recheados que eu tinha de abri-los com muito cuidado, para que seu conteúdo não derramasse nem fosse danificado. De Dakar, ele mandava até as primeiras flores dos flamboyants, entre postais, contos, poesias, recortes de jornal com notícias várias; de Salvador, depois do reencontro, ele enviava postais da cidade, postais de barcos, principalmente dos brancos, os que ele mais gostava. Costumava passar, dizia-me, horas à janela de seu apartamento, vendo os barcos  entrarem na baía. Para me fazer rir, sempre me enviava “tirinhas” dos jornais. Eu chamava isso seu “lado infantil”, pedia-lhe que o cultivasse. Uma única vez não me mandou tirinhas, em respeito à situação difícil que eu atravessava. A meu pedido, para que voltasse a enviá-las, respondeu com um envelope  abarrotado. Por fim, “a doença me pegara”, eu lhe disse, cheguei a lhe mandar algumas  tirinhas de Mafalda e, quando fui à Argentina, eu lhe enviei uma porção delas, num livro do próprio Quino. O conteúdo de suas cartas era  afetuoso e sempre comentava a vida cultural da Bahia. Petrus era muito reservado, mas nosso relacionamento nunca fora formal. Falava-me carinhosamente sobre  a “Celestial Criatura”, como costumava chamar Celeste Aída, sua  mulher, realmente uma  pessoa  admirável.
Muito original, tinha muito bom gosto, era um homem sofisticado. Um grande colecionador de revistas. 
Os adjetivos não expressam tudo, mas se fosse atribuir-lhe apenas um, eu diria LEAL, sem hesitar. Petrus me faz muita falta, pelo respeito, pela lealdade... Um amigo verdadeiro, inesquecível.
No dia do raminho, parece que li, em sua testa, a  palavra AMIGO. Tive tempo para perceber a grandeza do conceito que ela representava. Foi assim que o enxerguei até o dia  8 de janeiro de 2008 e é assim que ainda  o enxergarei até o fim de meus dias.
          Se eu acreditasse em Céu! Ah, o bom mesmo seria estarmos lá, um dia,  todos os que o amamos... vendo-o jogar futebol
NR/ * Milze M. Soares Eon, nascida na Bahia, estudou no Colégio Central da Bahia, à época em que aquele centro do saber beirava o status de uma universidade. Viveu boa parte de sua vida em Paris-França. Reside atualmente em Brasília, sem jamais esquecer sua origem. De inteligência rara e forte personalidade, conhece a alma humana como bem poucos. É professora e escritora talentosa.
Sobre Pedro Moacir Maia vale à pena transcrevemos um texto da sua lavra:
Azulejos filosóficos
Num casarão em Salvador, painéis de cerâmicas ilustram os principais temas do pensamento do século XVIII
Pedro Moacir Maia (escritor, imortal baiano pela Academia de Letras da Bahia foi também professor da UFBA e diretor do museu de Arte Sacra da Bahia entre 1982/1989)
·         A sede do Colégio 2 de Julho, imponente casarão em Salvador, abriga uma relíquia artística única no país. Espalhados por vários cômodos, 21 painéis retratam, com riqueza de detalhes, o estilo neoclássico europeu.
Foram os últimos painéis de azulejos de qualidade que vieram de Portugal para o Brasil, em fins do século XVIII e nos primeiros anos do XIX. E vieram sob encomenda para o espaço. Ali residia o então governador e capitão-geral da Bahia, D. Marcos de Noronha e Brito (1771-1828), o conde dos Arcos. Apesar de não ter construído o solar, cuja obra foi concluída em 1781, o conde escolheu os motivos dos desenhos que adornariam suas paredes: eram temas importantes para a época, como o comércio ultramarino, as idéias de retorno à natureza e a preocupação com a infância.
Os azulejos foram produzidos entre 1802 e 1806, provavelmente na Real Fábrica da Louça, em Lisboa, que funcionou entre 1767 e 1835. O solar preserva dezesseis painéis grandes – o mais largo com 3,30m e o mais alto com 1,66m –, três medianos e dois pequenos. Distribuídos em quatro grupos homogêneos, assentam-se onde um dia foram o quarto, a saleta, a sala da frente e o corredor. Neles se vêem ramagens e guirlandas, ânforas e cestos com flores, armações de madeira fina ou de arame amparando pequeninos bustos e máscaras, cordões vegetais, plumas, fitas e laçarotes, vasos-corneta, buquês, fieiras de pérolas, mais ramos floridos, mais flores, até folhas e pétalas jogadas para cima ou para os lados, como em esguicho, ou caindo em cascatas.
A princípio, o observador fica impressionado com a quantidade e a riqueza dos elementos decorativos, em cores claras contra fundo branco. Detalhes que vão diminuindo, porém, de uma dependência para outra. Partindo do suposto quarto de moça, de ornamentação mais exuberante, ainda com restos do rococó, terminamos no corredor, com painéis quase totalmente despojados, onde laços de fita suspendem os medalhões e uma só guirlanda atravessa o fundo de cada um. Inversamente, as reduzidíssimas “vistas” do primeiro grupo de painéis vão se ampliando, tornando-se o ponto de atração dos demais. Esta evolução segue os caminhos da simplificação de um rococó tardio para o pleno neoclassicismo, movimento que retomava valores da antiguidade grega e romana, estilo também conhecido como D. Maria I.

Esses ornatos se originam, em parte, de um dos tipos de pintura das cerâmicas descobertas em Pompéia, antiga cidade italiana encontrada em escavações iniciadas por volta de 1750, e divulgadas por meio de álbuns de gravuras. Revelam também a influência do arquiteto escocês Robert Adam (1728-1792) e de seus seguidores em Portugal. O estilo dessa escola marcava ainda a prataria e o mobiliário do conde da Barca. Outros itens do solar, porém, foram inspirados pelo estilo Luís XVI, como o laço de fitas, la cassolette (pequena urna, ou braseiro, queimando incenso ou perfume) e o medalhão entre festões (guirlandas de frutos, flores e folhas entrelaçados).

Mesmo abundante em quase todos os painéis, a decoração não se confunde nem perturba a visão do observador, pois os desenhos delicados e as cores suaves encontram-se dispostos em rigorosa simetria em relação a um centro. Podem ser vistos pavões ostentando a cauda (no quarto de moça), medalhões com paisagens e figuras (na saleta) ou com vistas de portos (na sala da frente) e cenas com personagens pescando, indo para a caça, brincando (no corredor). Pavões e medalhões, pintados em amarelo, em azul ou roxo, encontram-se sobre cartelas de outra cor com ornatos próprios muito bonitas.

Se estes puros arabescos representam perfeitamente o aspecto formal do neoclassicismo, do estilo D. Maria I, servem também para emoldurar temas importantes da literatura, das artes e da história das idéias no século XVIII. Estão representados valores fundamentais da cultura da época, como o retorno à natureza, o desejo de viver longe da agitação das cidades e das intrigas da corte, a celebração do comércio marítimo e a consideração pela infância.

O século XVIII é o século de Buffon, que publicou sua Histoire Naturelle, générale et particulière [História Natural, geral e particular], em trinta e seis volumes, entre 1749 e 1789. A obra inspiraria medalhões, nos quais pessoas trabalhando ou descansando pontilham ambientes sossegados, pequenos grupos conversam, um casal sai a passeio, um caçador acompanha-se de seu cão. A idéia da natureza como algo que representa a paz é mostrada como um rio que flui serenamente. A pesca é caracterizada como o divertimento mais praticado, para o qual são necessários largos ócios, paciência, tranqüilidade – nenhuma perturbação.

São temas tratados igualmente na poesia portuguesa – e também na brasileira – da época. A exuberância ornamental do rococó que ainda se vê nos painéis do quarto de moça está como descrita em versos de Domingos Caldas Barbosa (1738-1800):

Pendem dum lado matizadas fitas,

Bordadas coifas, lenços mil galantes,
Várias plumas bonitas,
Lindas caixas, anéis extravagantes...


A natureza como lugar de bem viver, como o ambiente ideal para o homem, é um dos grandes temas da poesia arcádica, contemporânea destes azulejos. Os autores do gênero publicaram suas obras principais entre 1766 e 1802. Nos versos de todos eles encontram-se observações como as descritas acima. São apelos que funcionam como um programa: “Só leia a minha Musa quem respire/ Da Natureza a simples influência” (Reis Quita). Estas generalidades passam a demonstrar e expressar sensações simples, experiências agradáveis, como as das figurinhas nos azulejos: “Que fresca a tarde está! Que brando vento/ Move as águas do rio sossegado!” (Cruz e Silva).

É também o século de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), que tanto contribuiu para despertar um novo sentimento pela natureza, e cujo Émile, de 1762, é o principal expoente do movimento em favor da melhor compreensão das crianças e em prol do desenvolvimento integral de sua personalidade. O menino que brinca com um pássaro em um dos painéis é exemplo de temática nova nas artes e nas letras. Até fins do século XVII, o universo infantil era completamente ignorado pelos adultos – as crianças não mereciam cuidados nem atenção. Quanta diferença entre a sentença do cardeal de Bérulle (1575-1629) – “O estado de infância é o mais vil e o mais abjeto após o da morte” – e a solicitude de Rousseau, cujo Emílio merecia todos os cuidados, e que entre os 5 e os 12 anos, como o menino de nosso azulejo, devia formar o corpo e os sentidos: “A grande regra não é ganhar tempo, e sim perdê-lo”.



Agora as crianças mostram-se na arte dos salões. Os pintores as apresentam como seres dotados de sentimentos e emoções: um menino acaricia o seu cachorrinho, uma menina chora pela morte de seu pássaro, um irmão burlado pelo mais velho reage, mães posam com prole numerosa.
O século XVIII é o da reinvenção da infância, e isto foi refletido também em boa parte da obra de Jean-Baptiste Creuze (1725-1805), o pintor mais celebrado por seus contemporâneos, juntamente com Vernet.

Nos medalhões dos painéis da sala da frente há desenhos de quatro paisagens retratando vistas de portos aparentemente fluviais, com fortificações, edifícios da administração, barcos parados, outros entrando ou saindo. É bem provável que o tema tenha chegado aí como extensão da obra de Claude-Joseph Vernet (1714-1789), que recebeu, já famoso, uma das maiores encomendas do reinado de Luís XV: retratar os portos da França. Em muitos anos de trabalho, Vernet pintou não mais do que quinze grandes telas, que entusiasmaram o público e os críticos, como Diderot, no auge do prestígio. Vendidas em séries de quatro vistas, as gravuras proporcionaram-lhe grande fama.

Outros pormenores desses painéis são dignos de nota, como as suas cercaduras (molduras ornadas). Cada grupo tem a sua, de tom talvez vivo demais em relação à coloração geral dos painéis. Em um grupo, a cercadura constitui-se de larga fita, azul de um lado, roxo do outro, que se enrola em uma haste com folhas. No seguinte, formas ovóides estão interligadas por flores de interior azul-claro, onde aparece outra espécie vegetal. No terceiro, é composta de círculos de folhas e flores e de fundo amarelo com cruzeta marrom de oito pontas. No entanto, os vegetais desaparecem na cercadura dos painéis do corredor: aí vemos apenas um elemento arquitetônico dourado, disposto com parcimônia.

Há curiosos recortes na parte inferior de alguns painéis, feitos para que se adaptem ao umbral das portas, o que demonstra que foram encomendados justamente para aquela dependência. Da mesma forma, os painéis medianos na sala da frente, somente de arabescos, preenchem exatamente os espaços entre as janelas. Todos os painéis estão isolados no soalho e alteados por barras marmoreadas de tom amarelo ou manganês. A mais bonita delas encontra-se na saleta e tem as duas cores com uma grande roseta no centro.

A temática de portos e comércio, nos azulejos na sala da frente, devia ser do especial agrado de D. Marcos de Noronha e Brito. Afinal, se dias depois de o príncipe regente D. João ter chegado com sua corte à Bahia, em janeiro de 1808, ele promulgou a Carta pela qual ficavam abertos os portos do Brasil às nações amigas, o conde dos Arcos tomou medida complementar quase tão importante em 1811: a criação da Praça do Comércio (hoje a Associação Comercial). Eram as Praças do Comércio “o mais poderoso de todos os meios que os homens têm reconhecido para facilitar e multiplicar as transações mercantis” e “poderosíssimo e incalculável princípio de Riqueza”, segundo o conde. Para o historiador Pedro Calmon, a praça foi a “insígnia da época, e o seu monumento”, e o governo do conde dos Arcos “foi o mais ativo e o mais inteligente, pois se multiplicou em obras públicas, cultura, riqueza, instrução e arte, como nenhum outro até então”.

Como se vê, o apreço pela arte fazia parte também da vida privada do conde. Homem de ação e sensível à cultura, à instrução e à arte, teria encomendado esses lindos painéis de azulejos para o seu deleite no ambiente doméstico, mandando assentar na sala da frente justamente aqueles com o tema que mais o instigava: portos em atividades de comércio.

Este foi possivelmente o último artigo escrito por Pedro Moacir Maia, que faleceu em Salvador no dia 8 de janeiro de 2008. Pedro Moacir era quem mais sabia sobre a história dos azulejos no Brasil. Homem de grande cultura e finíssima sensibilidade, foi professor de Português e Cultura Brasileira na Universidade de Dacar, diretor dos Centros de Estudos Brasileiros em Buenos Aires e Santiago do Chile, professor do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia e diretor do Museu de Arte Sacra de Salvador. Durante mais de trinta anos mandou imprimir regularmente, em pequena tiragem, e distribuir como presente aos amigos, livros e folhas dobradas – as Edições Dinamene, disputadas pelos bibliófilos, e que, perfeitas como fatura e inexcedíveis no bom gosto, da escolha dos textos à do papel, Carlos Drummond de Andrade definiu como trabalhos de ourivesaria gráfica.  

Equipe Revista de História


Azulejos para encantar


Aqui no Brasil, as marcas do colonialismo português ficaram por todos os lados. Na culinária, nas roupas, no idioma e até nas paredes. Nos principais núcleos urbanos, belos azulejos portugueses ornamentam importantes edificações, como a Ordem Terceira de São Francisco de Salvador (Bahia) e a Igreja do Outeiro da Glória (Rio de Janeiro). Em Portugal, a arte da azulejaria é tão valorizada que ganhou um museu próprio: o Museu Nacional do Azulejo, instalado em 1980 no Convento da Madre de Deus, em Lisboa. Parte do seu grande acervo, que reúne a maior coleção de azulejos da Europa, é exibida pela primeira vez no Brasil. A exposição “As Coleções do Museu Nacional do Azulejo de Lisboa” fica em cartaz até o dia 20 de julho na Galeria de Arte do Sesi, em São Paulo, e foi trazida para o Brasil pela Espírito Santo Cultura. Cobrindo o período que vai do século XVI aos dias atuais, os expositores trazem painéis de azulejos e peças em cerâmica, como vasos e balaústres, revelando as diversas influências dos artistas, do árabe ao holandês. As peças, organizadas em ordem cronológica, levam o visitante a diferentes períodos da História portuguesa. Entre as 141 relíquias destacam-se um painel azulejar que reproduz o brasão dos Bragança, casa real de Portugal e do Brasil, de 1558; painéis de inspiração moura dos séculos XVI e XVII; e um mural com motivo floral do século XVII. Os brasileiros acostumados a conviver com essa bela arte há tanto tempo têm uma boa oportunidade de conhecer de perto sua alma, portuguesa com certeza.

Mais informações: (11) 3146-7405/7406 /
www.sesisp.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário